2019/03/02

ALÉM DO QUE SE VÊ

“ALÉM DO QUE SE VÊ “  - MADRAS EDITORA, 2017
Autores: Cláudio Roque Buono Ferreira e Wagner Veneziani

Dizem que, numa carpintaria ocorreu, certa vez, uma estranha assembléia: uma reunião das  ferramentas para acertar suas diferenças.

O martelo exerceu a presidência, mas os participantes notificaram-no que teria que renunciar. O motivo? Fazia muito barulho, sua culpa, mas pediu também fosse expulso o parafuso, argumentando que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Disse que era ela muito áspera no tratamento com os demais. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse a trena, que sempre media os outros, segundo a sua medidas, como se fosse a única perfeita.

Nesse instante, entrou o carpinteiro, reuniu o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, a trena e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira transformou-se num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou finalmente só, a assembléia voltou à discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e ponderou:

Senhores, ficou evidente que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com  nossas qualidades, com nossos pontos preciosos.

Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, concentremo-nos em nossos pontos fortes.

A assembléia compreendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial  para limar e afinar asperezas e a trena era exata. Sentiram-se, então,como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade, e alegres pela oportunidade de trabalhar unidos.

Fato como este ocorre com os seres humanos. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa.

Mas,quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros  florescem conquistas humanas.

É fácil encontrar defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades e ver atributos no semelhante, isto é para os sábios

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