2017/11/11

Carta aberta à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


Caríssimos Irmãos na fé,


Estudos apontam que, ao contrário das tendências na taxa de fecundidade da população de humanos, a quantidade de caninos e felinos tende a crescer, deixando de ser “apenas” uma questão de saúde pública, passando a ser um tema de reflexão social. Com o agravo da situação econômica, o abandono de animais tem se intensificado, pela certeza de impunidade. Por omissão de governos, as políticas públicas voltadas para a proteção dos animais são ineficazmente aplicadas. Faltam ações governamentais para coibir e punir todo tipo de violência as quais os animais são submetidos. 

Em todo o mundo, os abrigos para acolher animais errantes – quando existentes – estão lotados, sendo caracterizados mais como depósitos de cães e gatos. Há relatos de encarceramento em condições de extrema penúria, com destino certo para o sacrifício silencioso. Em muitas municipalidades, as autoridades sequer se manifestam sobre o assunto por entenderem que se trata de um tema que só tende a criar problemas de imagem. 

O comércio ilegal, o tratamento inadequado dos animais e até, a simples menção ao tema, são considerados eventos de menor relevância no entendimento da opinião pública, face a coexistência a outras mazelas sociais. Mas, não podemos ser omissos diante de faltas para com criaturas de Deus.

Muito dos problemas de abandono e maus tratos poderiam ser evitados se houvesse uma campanha de conscientização da sociedade para a causa abraçada por poucos abnegados defensores dos animais, pessoas de fé e caridade, que põem, por vezes, a própria vida em risco.

Os ativistas-voluntários são merecedores da atenção por muito espelhar a vida Franciscana, tendo como marcas a defesa da paz, o amor fraterno e a dedicação aos vulneráveis. São pessoas que dispõem de tempo e assumem gastos por décadas, sem dispor de qualquer tipo de apoio, impondo-se, pois, a restrições materiais e sociais.

O que se espera é que a Santa Sé possa engendrar ações na sociedade civil no ano de 2018, quando se comemora 40 anos da Declaração Universal dos Direitos Animais, da UNESCO. Ademais, sendo tema de uma Campanha da Fraternidade, é possível debruçar-se sobre o assunto internamente e se discutir ações de longo alcance, como a criação de uma Pastoral específica para defesa dos animais.

Na certeza de que muito há por se construir e se fazer pelo bem comum, contamos com o engajamento de todos nesta mobilização! 

Por favor, assine e divulgue o abaixo-assinado

Paz e bem!

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