2007/11/24

Ação de Graças

A vida que vale a pena ser vivida é a que liberta, que transforma positivamente o mundo, deixa traços em outros.

Grandes compositores, autores, mestres da pintura, professores, cientistas, guias e profetas puderam glorificar a história da raça humana. Assassinos, egoístas, fanáticos, violentos e difamadores andaram na contramão, impediram a vida de prosseguir. A cisão é imperfeita, pois, mesmo entre os primeiros, ainda encontram-se aqueles que seguiram por vias tortuosas e comprometeram a fragilidade da vida, o mais sublime encanto de todos os mistérios, um patrimônio de grandeza e dimensão inomináveis.

As aflições do espírito - que almeja manter em suspensão a plenitude, o que alegra a mente e rejuvenesce a esperança, afastando o que causa dor, medo, desarmonia, angústia e sofrimento - consomem a razão.

O plano maior da existência está numa perspectiva ampla, porém incapaz de ser focada constantemente. É mais simples deixar-se consumir nas frivolidades cotidianas. São muitas as perguntas, pouco o tempo, dúbias as respostas. Menores ainda são as certezas que se apequenam face às crescentes preocupações.

Nobremente, curva-se a limitada e incompleta existência perante a intemporal Regência. Um dia de louvor, um só mantra, uma só prédica são insuficientes. Lembrai de nós em radiosa extensão.

Aos entes e os que acompanharam a jornada, a excelsa beneficência! Por eles, para eles e com eles, obsequiosa é a solicitação para preservar em graça o que foi de valoroso ao longo da trajetória. Resplandeça, além da finitude da razão, a aura virtuosa, que a tudo sustenta, provê, transcende e justifica.

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