Minha amiga cigana,
Deus me deu o privilégio de lhe conhecer através de uma pessoa que passei admirar como profissional e amigo. No nosso último encontro, você pediu para que eu me aproximasse para lhe acariciar, como fazia quando seu pai me atendia. Não foi possível. A pressa dos pequenos afazeres do meu dia a dia me levou para outros caminhos.
Sua alegria e carinho eram maiores do que o medo que as pessoas sentiam em se aproximar por não poder ver um coração tão puro em um corpo robusto. Sua maior força era ser dócil, carinhosa e compreensiva com pessoas fracas em compreender o que realmente importa nesta vida. E você cumpriu muito bem esta missão!
Vai esperar um tempo antes de reencontrar o seu pai, que muito lhe ama e sente sua falta! Quando se encontrarem daqui a anos, será sua vez de guiá-lo e protegê-lo. Mais do que nunca, ele, que cuidou de você, precisa que, como anjo de Deus, peça ao Criador que o proteja e o oriente, pois é o que mais sente sua falta, apesar de todos nós estarmos desorientados.
Festa no céu, tristeza na terra.