Acho que o dia 15/10 deveria ser abolido e a data ser unificada ao 2 de junho, dia das prostitutas, celebrado mundialmente e reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data remete a eventos do ano de 1975, quando 150 prostitutas ocuparam a igreja de Saint-Nizier, em Lyon, na França, para protestar contra as péssimas condições de vida e trabalho em que se encontravam.
VIDA DE PROFESSOR I
Um professor trabalha 40 horas por semana – mesmo horário que um operário da indústria civil, considerando as diferenças que há, o operário logo após cumprir o seu turno será dispensado de qualquer atividade, em relação ao trabalho, o professor ainda produzirá esquemas, provas e escolherá textos em livros com aproximadas 300 páginas, por cada disciplina.
É bem normal ao professor precisa de mais que uma disciplina para completar sua 40 horas semanais, a cada disciplina cabe mais leituras, preparo e atividades extra classe.
A principal ferramenta do professor dizem ser a mente, sim, então a voz é a segunda.
Na maioria das aulas a atividade com a voz em sala de aula deve ser comparada a um locutor transmitindo uma partida de futebol, com vantagem para esse por estar dentro de uma cabine acústica. O locutor via de regra irradia partidas de 90 minutos, com intervalo de 15, não mais que duas delas por semana, acompanhado por dois ou mais auxiliares.
O professor concorre além das 30 ou mais vozes estridentes na sala, concorre com outras tantas vindas do corredor. É como se o professor tivesse a transmitir cinco meias partidas de futebol quarenta vezes por semana. Quanto ao som que ouve está próximo de uma arquibancada com torcida pequena mas permanente.
O professor é um andarilho. Anda de uma a outra sala de turma por longos corredores. Sentar na sala? Aula dá-se em pé. Além dos corredores tem as escadas parceiras das varizes. Sobe-se duas ou três vezes cada escada para atingir os andares superiores da escola. Em média são dezessete degraus por lance, a tática do professor é subir lentamente cada um, depois de duas ou três aulas descer de novo para o tempo de 20minutos do intervalo, (não há descanso, são avisos, atende-se alunos conversa-se, muita conversa), vencido o exíguo tempo, volta-se a subir todos os degraus das escadas e depois de mais duas aulas repete-se toda a façanha no turno complementar. Haja perna.
Infelizmente esse castigo não se livra as grávidas, as idosas, os deficientes, os obesos.
Acredita-se que em um edifício de dois pavimentos qualquer professor de 40 horas transite diariamente por aproximados 400 degraus transportando seu próprio peso corporal além de alguns quilos a mais. São livros, trabalhos e provas enfurnados em mochilas e pastas.
O peso de algumas sacolas equivale a duas pás de argamassa com cimento em que um auxiliar de pedreiro levanta não mais que quarenta centímetros para despejar em um balde e em seguida deixar que uma roldana o transporte para o andar superior.
Assim o esforço de tração do professor supera ao esforço de um serventuário de pedreiro.
VIDA DE PROFESSOR II
A musculatura nos braços dever ser forte, longas e resistentes, como um jogador de basquete estará com os braços sempre levantados para atingir o ponto mais alto. É comum em ambos, devido o esforço repetitivos sofrerem lesões musculares, rompem os músculos “manguito rotator”
A mão do professor precisa ter a precisão de um cirurgião. Qualquer erro pode ser fatal.
O esforço físico de deslocamento e atenção em um dia de trabalho para um professor pode ser comparado com a atenção, ao esforço e deslocamento feito por um juiz de futebol em um tempo da partida, com diferença das condições exigida em preparo físico, além de que desse se requer aposenta compulsória antes dos 50. Aquele mesmo abatido a exploração pode chegar aos setenta anos.
O esforço intelectual deve ser equiparado a um escritor que prepara artigos para diversas agências de notícias e para isso precisa estar sempre atento para fontes variadas. Na falta de um bom artigo o patrão e o freguês reclamam.
Ao professor cabe desenvolver habilidades e ter o domínio de técnicas universais que encontram equivalência em bons arquitetos, esses as alcançam com a prática e após vivências como aluno de bons mestres e doutores. O professor desenvolve projetos pedagógicos elaborados por seus pares durante a “semana pedagógica” subtraída da semana de férias, cabendo a execução como meta.
Os prazos serão cumpridos com rigor.
Contra si o professor tem a clientela mais exigente entre todas, o próprio alunado. Reclamam quando tem aula, reclama se não tiver. Quando o professor fala alto, quando moderar a voz; se recomendar leituras para a prova é carrasco, se não recomendar é mamão. Reclamam se atrasar o início da aula ou se ousar passar um minuto do tempo previsto. O aluno tem sempre razão, pois é a causa da escola.
O professor, talvez seja o profissional que sofre o maior controle de suas atividades. É vigiado como uma sentinela, mais que isso, por parte dos alunos e de seus pais, sofre o controle sutil da “moça do corredor”, o da sociedade e da direção, por fim o controle da caderneta de frequência. Essa vigilância indireta é implacável, hora a hora dia a dia, suas páginas assinadas o acompanha por meses, aliás é a vida do professor e depois permanecerá arquivada como um processo de sentença. Aliás são duas as cadernetas, uma que registra a frequência do professor e a outra as notas atribuídas aos alunos.
Além das cadernetas uma vês por semana o professor precisa assinar o livro da coordenação pedagógica, nele fica registrado tudo o que o professor disse, e a omissão daquilo que deixou de dizer.
Da coordenação e da caderneta nada se esconde. Ali o professor confessa tudo o que fez a durante a vida. Ali está sua personalidade, sua assiduidade, suas alegrias e faltas, o esforço e seu ócio, o dia que adoeceu e as fadigas, as alegrias. Dela nada pode omitir. Absolutamente nada, ela é o olho mágico do Grande Irmão.
A depender do salário de mercado, o professor será sempre um morador da periferia.
Apesar de estar entre as maiores categorias profissionais deste país, ela é volátil e por isso inconsistente politicamente, não se representa politicamente, o que é lamentável.
VIDA DE PROFESSOR I
Um professor trabalha 40 horas por semana – mesmo horário que um operário da indústria civil, considerando as diferenças que há, o operário logo após cumprir o seu turno será dispensado de qualquer atividade, em relação ao trabalho, o professor ainda produzirá esquemas, provas e escolherá textos em livros com aproximadas 300 páginas, por cada disciplina.
É bem normal ao professor precisa de mais que uma disciplina para completar sua 40 horas semanais, a cada disciplina cabe mais leituras, preparo e atividades extra classe.
A principal ferramenta do professor dizem ser a mente, sim, então a voz é a segunda.
Na maioria das aulas a atividade com a voz em sala de aula deve ser comparada a um locutor transmitindo uma partida de futebol, com vantagem para esse por estar dentro de uma cabine acústica. O locutor via de regra irradia partidas de 90 minutos, com intervalo de 15, não mais que duas delas por semana, acompanhado por dois ou mais auxiliares.
O professor concorre além das 30 ou mais vozes estridentes na sala, concorre com outras tantas vindas do corredor. É como se o professor tivesse a transmitir cinco meias partidas de futebol quarenta vezes por semana. Quanto ao som que ouve está próximo de uma arquibancada com torcida pequena mas permanente.
O professor é um andarilho. Anda de uma a outra sala de turma por longos corredores. Sentar na sala? Aula dá-se em pé. Além dos corredores tem as escadas parceiras das varizes. Sobe-se duas ou três vezes cada escada para atingir os andares superiores da escola. Em média são dezessete degraus por lance, a tática do professor é subir lentamente cada um, depois de duas ou três aulas descer de novo para o tempo de 20minutos do intervalo, (não há descanso, são avisos, atende-se alunos conversa-se, muita conversa), vencido o exíguo tempo, volta-se a subir todos os degraus das escadas e depois de mais duas aulas repete-se toda a façanha no turno complementar. Haja perna.
Infelizmente esse castigo não se livra as grávidas, as idosas, os deficientes, os obesos.
Acredita-se que em um edifício de dois pavimentos qualquer professor de 40 horas transite diariamente por aproximados 400 degraus transportando seu próprio peso corporal além de alguns quilos a mais. São livros, trabalhos e provas enfurnados em mochilas e pastas.
O peso de algumas sacolas equivale a duas pás de argamassa com cimento em que um auxiliar de pedreiro levanta não mais que quarenta centímetros para despejar em um balde e em seguida deixar que uma roldana o transporte para o andar superior.
Assim o esforço de tração do professor supera ao esforço de um serventuário de pedreiro.
VIDA DE PROFESSOR II
A musculatura nos braços dever ser forte, longas e resistentes, como um jogador de basquete estará com os braços sempre levantados para atingir o ponto mais alto. É comum em ambos, devido o esforço repetitivos sofrerem lesões musculares, rompem os músculos “manguito rotator”
A mão do professor precisa ter a precisão de um cirurgião. Qualquer erro pode ser fatal.
O esforço físico de deslocamento e atenção em um dia de trabalho para um professor pode ser comparado com a atenção, ao esforço e deslocamento feito por um juiz de futebol em um tempo da partida, com diferença das condições exigida em preparo físico, além de que desse se requer aposenta compulsória antes dos 50. Aquele mesmo abatido a exploração pode chegar aos setenta anos.
O esforço intelectual deve ser equiparado a um escritor que prepara artigos para diversas agências de notícias e para isso precisa estar sempre atento para fontes variadas. Na falta de um bom artigo o patrão e o freguês reclamam.
Ao professor cabe desenvolver habilidades e ter o domínio de técnicas universais que encontram equivalência em bons arquitetos, esses as alcançam com a prática e após vivências como aluno de bons mestres e doutores. O professor desenvolve projetos pedagógicos elaborados por seus pares durante a “semana pedagógica” subtraída da semana de férias, cabendo a execução como meta.
Os prazos serão cumpridos com rigor.
Contra si o professor tem a clientela mais exigente entre todas, o próprio alunado. Reclamam quando tem aula, reclama se não tiver. Quando o professor fala alto, quando moderar a voz; se recomendar leituras para a prova é carrasco, se não recomendar é mamão. Reclamam se atrasar o início da aula ou se ousar passar um minuto do tempo previsto. O aluno tem sempre razão, pois é a causa da escola.
O professor, talvez seja o profissional que sofre o maior controle de suas atividades. É vigiado como uma sentinela, mais que isso, por parte dos alunos e de seus pais, sofre o controle sutil da “moça do corredor”, o da sociedade e da direção, por fim o controle da caderneta de frequência. Essa vigilância indireta é implacável, hora a hora dia a dia, suas páginas assinadas o acompanha por meses, aliás é a vida do professor e depois permanecerá arquivada como um processo de sentença. Aliás são duas as cadernetas, uma que registra a frequência do professor e a outra as notas atribuídas aos alunos.
Além das cadernetas uma vês por semana o professor precisa assinar o livro da coordenação pedagógica, nele fica registrado tudo o que o professor disse, e a omissão daquilo que deixou de dizer.
Da coordenação e da caderneta nada se esconde. Ali o professor confessa tudo o que fez a durante a vida. Ali está sua personalidade, sua assiduidade, suas alegrias e faltas, o esforço e seu ócio, o dia que adoeceu e as fadigas, as alegrias. Dela nada pode omitir. Absolutamente nada, ela é o olho mágico do Grande Irmão.
A depender do salário de mercado, o professor será sempre um morador da periferia.
Apesar de estar entre as maiores categorias profissionais deste país, ela é volátil e por isso inconsistente politicamente, não se representa politicamente, o que é lamentável.
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