2008/05/20

Dívida com o tempo

Cobra-me uma dívida que não suporto.
Tento escapar de ti, sem sucesso.
Que nova amarga lição devo aprender?
Estou vencido, nada posso fazer senão render-me.

A cada falta, comprazemi à sua tutela.
Reconheço minhas muitas fraquezas e vilania.
Tornei-me assim por inseguranças e decisões inescusas.
Talhei meu jugo e cravei na minha cabeça o peso da minha torpeza.

Sede complacente com meu fraquejar,
não sinto mais firmeza ao ser açoitado pela infértil puerilidade.
Repetem-se padrões que não quero seguir.
Compilo-me a pacificar o meu interior.

Inútil, sou fraco de carne.

Meu último pedido é que conduza o que nunca foi meu
a Quem lhe controla e a Quem me curvo.
Sou refém de meus erros.
Liberte os inocentes de todo o mal.

Paz.

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