2008/05/31

Nosso momento atual

Quando as notícias ficam tristes demais, enchendo-me de pesar e assombro, dá-me muita paz a lembrança de que não pertenço a este plano e de que estou apenas estagiando por aqui... Como todo estágio é passageiro, um dia este também vai chegar ao fim e poderei retornar ao local de onde vim, certamente - espero que sim! - mais experiente e melhor! Não vejo uma outra forma de a gente conseguir viver bem estes momentos tão difíceis que o planeta está passando, com nossos irmãos sofrendo tanto, em todos os locais.

A sensação de impotência diante de tantas catástrofes é muito grande... oro muito, mas ainda acho tão pouco, apesar de acreditar no enorme poder do nosso pensamento e da vibração de nosso coração. Sinto que vamos precisar de muita coragem e fé para suportarmos tudo que ainda vamos ter que viver e isto pode soar como uma visão pessimista, mas acho que é apenas realista.

Precisamos, nós que temos consciência das outras dimensões e de quem na realidade somos, ir nos desapegando das coisas materiais, buscando, a todo instante, fazer conexão com o nosso Espírito - centelha divina - e com os Guias Espirituais que nos auxiliam, para que tenhamos a serenidade e a força para viver, de forma equilibrada, momentos de mudança planetária tão sérios.

Todas as religiões sempre se preocuparam e continuam a nos avisar da importância e dificuldades que cercam as passagens de nível vibracional de seres e de suas moradias. Para a religião católica, vivemos o Apocalipse, instante de definição, de escolha, de transformação, de muita verdade e sofrimento. Para os que se dizem espiritualistas, passamos de um nível vibracional para outro e a decisão e a escolha é de cada ser. O choque entre as energias luminosas e as sombrias é muito forte e ambos os lados desta verdadeira luta buscam – nos instantes em que vivemos – aliciar o maior número possível de adeptos.

Nós, que somos trabalhadores da Luz, nos fortaleçamos na fé e na confiança de que venceremos, mesmo que a tristeza muitas vezes nos desanime os passos.

O Amor e a Paz são inerentes à própria natureza humana e, portanto, não há dúvida de que é para esta Energia que iremos, uns mais rapidamente e outros com mais dificuldade e mais vagar.

É importante perceber que não há mais o que esperar. Precisamos nos definir – ter a certeza sobre aonde queremos ir, para que lado estamos nos dirigindo, pois a separação entre aqueles que desejam o Amor e aqueles que O negam já está em curso e nada poderá mais detê-la!

E, quando a luta estiver muito grande, naquele instante em que a nossa esperança e capacidade de suportar diminuírem, precisamos nos lembrar de que tudo passa e isto também passará! Haveremos de vencer e a Terra será poupada, embora muitos tenham que se afastar, por um período de tempo que só Deus pode saber.

Que o estandarte do Amor esteja sempre hasteado à nossa frente e que a nossa entrega a Ele seja cada dia maior.

por Maria Cristina - tina.lc@hotmail.com

Extraído de http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=12931. Acesso em 31/05/08, 08:00

2008/05/26

Mensagem

Mensagem de um vidente disponível no Portal Terra:

"A vida é uma aventura que nos prepara para uma grande viagem. Temos toda a existência terrena para nos dedicarmos a ganhar um bom montante e, assim, comprar o bilhete do meio de transporte que nos levará rumo à jornada final."

Extraído de http://www.terra.com.br/esoterico/marina/visao/2008/05/26/000.htm. Acesso em 26/05/08, 17:00.

2008/05/25

Órfãos do maestro

Em novembro de 2006 Carlinhos nos deixou (http://tempopensar.blogspot.com/2006/11/carlos-o-escritor_20.html). Parece que foi há poucos momentos atrás.

Quase tudo perdura. Continuam os distúrbios internacionais, a escalada da violência, o crescimento do desamor. Quiçá, em maior proporção, pois já não há uma reflexão espirituosa para nos confortar. A alegria já não é tão contagiante quanto era na sua presença.

Na dimensão do humano, ele viveu nas fronteiras da vida. Desfrutou de todos os sabores e dissabores. Não se sabe o que ele faz em outro plano, mas, por aqui, pouco se tem feito de diferente da época em que ele nos iluminava com sua sabedoria e companheirismo.

Poucas notícias mudaram, um ou outro nome se acrescentou, mas as histórias se repetem. Os amigos entristeceram-se, porém mantêm-se sempre amigos e saudosos de sua companhia.

Carlinhos viveu o tempo e nunca olhou para frente receando ser mais ou menos feliz do que qualquer outra pessoa. Tratou a vida com intensidade, e isto é mais do que muitos tiveram o privilégio de ter. A opulência da vida vivida é inigualável. A magistral regência, também.

Ele deixou um grande vazio, jamais a ser preenchido: corações chorosos de amizade, hombridade e sabedoria. A sua ausência pesa. Tantos partem, outros chegam. Pena, estes últimos não desfrutarão da nobreza de seu caráter e dignidade.

Sejam as nossas orações e preces o nosso caminho diário para nos acalentar com suas lições ensinadas e aprendidas.

A vida precisa muito de Carlinhos.

2008/05/23

Dúvidas

Há sombras e luzes do outro lado? Há outro lado?

Em certos momentos, é difícil acreditar que o se vê, sente, se explora e se vive é tudo que se há para conhecer.

A razão de tudo é a felicidade de um só indivíduo, em um dado tempo?

A verdade maior é ser feliz, aqui e agora?

2008/05/20

Dívida com o tempo

Cobra-me uma dívida que não suporto.
Tento escapar de ti, sem sucesso.
Que nova amarga lição devo aprender?
Estou vencido, nada posso fazer senão render-me.

A cada falta, comprazemi à sua tutela.
Reconheço minhas muitas fraquezas e vilania.
Tornei-me assim por inseguranças e decisões inescusas.
Talhei meu jugo e cravei na minha cabeça o peso da minha torpeza.

Sede complacente com meu fraquejar,
não sinto mais firmeza ao ser açoitado pela infértil puerilidade.
Repetem-se padrões que não quero seguir.
Compilo-me a pacificar o meu interior.

Inútil, sou fraco de carne.

Meu último pedido é que conduza o que nunca foi meu
a Quem lhe controla e a Quem me curvo.
Sou refém de meus erros.
Liberte os inocentes de todo o mal.

Paz.

Rosa dos quatro ventos

Em meio a um jardim de possibilidades, o desabrochar de uma nova vida é sempre único. É uma fragrância a perdurar e fixar intenções para além de um dia, para além de um momento.

A rosa persevera, enquanto semente, para manter-se fiel ao seu propósito: germinar entre tantas outras espécies, sendo doce, mesmo quando ainda é botão.

As pétalas ensimesmam-se em um fulcro de entusiasmo contido. Fechada em sua beleza, o mundo é somente dúvidas e incertezas para comandar o que seria próprio dos espinhos.

O temor de ser rosa acomete poucos botões.
Não se sabe se, fora do casulo, novas sementes foram lançadas.
Se estarão sozinhas,
Se resplandecerão magia,
Se incandescerão olhares.

Um novo momento brota, comum do tempo para se alentar novas companhias. As rosas crescem envaidecidas por um desafio singular: celebrar instantes, frações da existência humana, ainda mais frágil que o propósito de ser uma rosa.

Todavia, são leitoras de destinos.
Prolongam-se mais que um tenro sonho.
Quatro ventos propalam a sua fragrância ao mundo,
mas só quando dois sonhos se encontram é que se entende a sua essência: ser mais do que especial, eterna.

2008/05/19

Ciclos

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil,mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu própria, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és. E lembra-te :


“Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão” (Fernando Pessoa)